sábado, 31 de agosto de 2013

Sexta Quimioterapia - 27 de agosto de 2013

Nesse dia eu não estava tão animada, pois meu cabelo caia bem mais e eu estava com muitas dores nas pernas, o corpo realmente já não era mais o mesmo...

Não encontrei ninguém conhecido, mas conheci pessoas novas.

Quero deixar bem claro que mesmo não estando tão animada, a minha FÉ não está abalada, continuo firme na fé de que serei curada, e que logo essa tempestade passará!

No outro dia acordei cedo, pois era o niver da minha grande companheira, minha mãe. Combinei com meu irmão de chegar cedo, com sua esposa e filho, para fazer uma surpresa para ela, e assim foi. Ela ficou muito emocionada, foi lindo!


E os efeitos continuam... enjoo, dores abdominais, e o cabelo continua a cair, agora com maior intensidade.




Quinta Quimioterapia - 20 de agosto de 2013

Nesse dia eu estava bem tranqüila, e quando cheguei à clínica encontrei a Dani e logo depois a Cleciana. Fiquei alegre e mais ainda quando a Dani me contou que estava feliz, pois seria sua ultima quimio vermelha (existe a quimio branca e a vermelha; esta última é mais forte). E a Cleciana iria tomar a quimio, pois na semana anterior ela não pôde, já que sua imunidade estava muito baixa. E fomos todas. Eu conversei um pouco com a Dani e depois sentei ao lado da Cleciana, e conversamos animadamente.

Quando começou a quimio, eu senti um pouco de enjôo. Foi diferente, mas deu pra segurar bem... até lanchei, pois na clínica é servido lanche durante a quimio.

A Dani foi embora primeiro, depois eu e, por último, a Cleciana. 

Tudo ocorreu bem, como de costume.

E no dia seguinte, os efeitos colaterais foram os enjôos, as dores abdominais; dessa vez, muita constipação. Não passei bem o dia e minha mãe nem foi embora, deixou para ir no outro dia. E ficou tudo bem.



Quarta Quimioterapia - 13 de agosto de 2013

Nesse dia, a quimio foi pela manhã. Eu estava bem animada e disposta. 

Primeiro passei pelo oncologista, que me examinou e constatou que o nódulo tinha diminuído, isso me deixou muito feliz, pois constatamos que, com 3 quimios, o corpo estava reagindo bem, apesar dos efeitos colaterais...

Segui para a quimio e a psicóloga foi me atender lá. Conversamos animadamente, e, enquanto isso, veio também a nutricionista, pois eu a tinha chamado para fazer uma pergunta; aí deu-se um fato muito engraçado... Estávamos: eu, minha mãe, a psicóloga, a enfermeira e a nutricionista, e eu perguntei se podia comer ovo, pois não constava no meu cardápio, aí a enfermeira (Virna) disse: eu já vi perguntarem se podia comer camarão, lagosta, caviar... mas ovo é a primeira vez! E todas nós rimos muito... kkkkkkkkkk


Os efeitos do dia seguinte, sempre os mesmos: leve enjoo e dor abdominal.



Terceira Quimioterapia - 06 de agosto de 2013

Nesse dia eu estava bem triste, porque, pela manhã, fui cortar o cabelo. Cortei na altura do ombro. Já foi difícil porque eu sempre tive cabelo comprido...

Fui para a clínica. Quando cheguei lá, fui para a psicóloga, como de costume. Assim que sentei na cadeira, comecei a chorar! A sensação era a de que eu não era mais EU!

Ali, foi como se “a ficha estivesse caindo”, naquele momento. E eu vi que começava a transformação, tanto do meu corpo como da minha alma...

Segui para a quimio e foi tudo tranquilo.

Quando lá cheguei, conheci a Dani, que tem 27 anos e está se tratando de câncer de mama também. Ela é linda! E malha, namora e leva uma vida normal... 





Nesse dia, recebi a visita da Monica Pimentel, que foi me ver e levar uns presentes: uma Bíblia e uma linda imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Eu amei!

No outro dia as reações foram: leve enjôo e dor abdominal.

Segunda Quimioterapia - 30 de julho de 2013

Na segunda químio, por incrível que pareça, fiquei mais nervosa que na primeira, pois pensava que meu corpo não estava tão forte quanto antes. Ledo engano, não senti dor nenhuma! O único incômodo foi que, dessa vez, tive que puncionar o meu cateter, ou seja, eu tenho um cateter implantado por cirurgia que leva a medicação à veia.

Durante a químio, eu posso levantar, ir ao banheiro, lanchar, as vezes fico conversando...

Para minha surpresa, no dia seguinte os efeitos colaterais foram menores que na primeira, pois só tomei remédio para enjoo uma única vez!


Gosto de frisar, que o atendimento que eu recebo na clínica é essencial para que eu fique tranquila, e não faça daquele momento algo ruim...


Nesse dia conheci a Cleiciana, que tem mais ou menos a minha idade, mora em Sobral e, de 15 em 15 dias vem fazer a quimio. Ela é muito alto astral e me mostrou a peruca dela, que, de tão natural, eu e minha mãe nem acreditamos que era peruca...

Nesse dia não conversamos muito, pois ela dormiu quase a quimio toda, mas já se tornou minha amiga e eu adoro estar perto dela, porque ela leva tudo com muita naturalidade também.

Primeira Quimioterapia - 23 de julho de 2013

Nesse dia eu estava muito tensa, não tinha noção de como seria. E, como eu estava muito dolorida da cirurgia para implantar o cateter (DR. CASSIO CORTEZ), que tinha sido no dia anterior, eu estava com muito medo de sentir dor e de como meu corpo reagiria, pois não tem como prever, cada organismo reage de uma maneira diferente...

Começou a quimio e eu não senti dor, apenas muito sono, por causa dos antialérgicos que se toma toda as vezes, antes de começar a quimio.

No dia seguinte, os efeitos colaterais foram: enjoo, constipação e dores abdominais, nada muito forte que precisasse ficar acamada. Ah! Na clinica existe uma tecnologia nova, que é uma touca térmica; quando começa a químio, as enfermeiras molham meu cabelo e põem essa touca, que fica num freezer, congelada; isso é para tentar congelar a raiz do cabelo e tentar impedir que a medicação chegue à raiz do cabelo, evitando assim a queda, mas o médico deixou bem claro que tudo depende do meu organismo...

O tratamento requer o acompanhamento de vários profissionais, tais como:  oncologista (DR.ORMANDO CAMPOS JUNIOR / MARCLESSON SANTOS ALVES), psicólogo (DRA. MAURE KNOLSEISEN), nutricionista (ILA CAVALCANTE), enfermeiras( ALINE MEDINA, ANE VIRNA BITU, JULIANA PALÁCIO e MARTA ALVES). Essa é a equipe que me acompanha todas as terças-feiras.

Cada químio dura em média 2 horas, no caso da minha, mas depende de cada caso.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Minha História...


Deus vinha me preparando para algo muito forte em minha vida, e eu não tinha ideia de tudo o que estava por vir...

Tudo começou no dia 17 de junho de 2013, segunda-feira, quando eu senti uma dor na mama esquerda e, por reflexo, levei a mão até a mama e senti um nódulo.

Não perdi tempo! No dia seguinte já marquei ginecologista, Dra. Ana Virgínia Medeiros da Frota, que me atendeu em poucos dias, na quinta feira. Como de praxe, a médica solicitou um ultrassom, que foi feito logo depois da consulta. Não me senti com medo, ao contrário: estava segura e até fui sozinha. Estava tranquila, e não tinha porque ser diferente, pois fazia exames a cada semestre. Em dezembro de 2012, exatamente 6 meses antes, estava tudo certo.

Aguardei o resultado e novamente voltei ao consultório.  Quando ela viu, constatou não só o nódulo, com  o resultado BI-RADS 4. Imediatamente ela ligou para o mastologista, Dr. Paulo Aguiar, e já conseguiu que ele me atendesse no dia seguinte ( dia 21/06/13, sexta-feira).

De repente, a tranquilidade tinha acabado. Saí de lá chorando, quase não consegui dirigir, e liguei pra minha mãe. Ela não mora aqui em Fortaleza, não estava ao meu lado naquela hora e falei que o exame tinha constatado um nódulo. Dessa vez eu não queria estar sozinha. Liguei também para uma amiga, a Natalia, e pedi que ela fosse comigo. Lembro bem que naquela noite, me deu medo, medo que fosse algo realmente sério, pois como eu conheço bem o meu corpo, sentia que não era normal aquele nódulo e fui dormir chorando.

Na sexta-feira não fui trabalhar, eu estava ansiosa com a consulta, e fui ao mastologista, acompanhada da minha amiga Natália, mas eu resolvi entrar sozinha para a consulta, pois não queria assustar a ninguém. Eu queria ter a informação primeiro e passar para as pessoas do meu jeito... o médico pediu uma mamografia. E lá fomos, eu e Natália, fazer a mamografia! Foram momentos de muita tensão, Natália foi me dando uma força, mas nós duas estávamos nervosas... 

Quando eu entrei para fazer a mamografia, eu pedi a moça que tivesse cuidado, pois eu sentia dores. Ela, realmente, foi bem cuidadosa: fez a mamografia e pediu que eu aguardasse um pouco para ver se tinha dado certo. Depois de alguns minutos ela volta, e diz que precisava repetir o exame na mama que tem o nódulo. Nesse momento eu gelei, pois tinha lido na internet sobre uma moça que tinha diagnóstico de câncer de mama, e com ela tinha sido exatamente assim: repetido o exame na mama que tinha o nódulo.

Desde aquele momento algo me dizia que esse seria o diagnóstico e fui tentando me preparar para o pior. Cheguei em casa na mesma hora que minha mãe, que veio passar o final de semana aqui para me dar um apoio. Assim que encontrei com ela chorei. Chorei de medo, de angústia, de pressentimento, talvez... e mais ainda quando ela foi embora.

Os dias se arrastaram até chegar a terça feira, dia 25/06/13, dia de pegar o resultado da mamografia. Um dia tenso, eu não conseguia fazer nada direito, e mais uma vez marquei com a Natália para ir comigo pegar o resultado, pois eu não conseguia ir só, não conseguia dirigir. 

Chegando na clínica, não tinha lugar para estacionar, eu desci do carro, fui pegar o resultado sozinha e combinei com minha amiga de abrirmos juntas. Mas não consegui: abri antes de chegar no carro, e logo vi que o resultado não tinha sido bom, pois acusava o nódulo na mama, já constatado no ultrassom, e outro na axila ( BI-RADS 5). Eu não tive reação nenhuma, não sabia o que falar, não questionei a Deus, comigo mesma, pensei: DEUS, SERÁ QUE É ASSIM QUE EU VOU PARTIR???, E pensei: não pode ser, eu tenho muitos planos, tenho muitas coisas a realizar ainda... Natália ligou para um amigo, que é oncologista, e, enquanto ela falava com ele, eu não conseguia me concentrar na conversa. Eu estava tensa, toda dura. Eu não falava, não chorava e eu só queria ir pra casa. O médico amigo disse qual era a real situação e que o percentual para ser câncer era de 95% e que eu não me preocupasse, pois o tratamento e a minha fé iriam me curar. A possibilidade de um câncer de mama se tornava cada vez mais real. Ainda no carro, minha mãe, irmã e irmão ligaram. Mas eu não tinha a coragem de falar pra eles. Eu queria poupá-los, e apenas repetia que não tinha entendido o resultado, mas, pelo que eu tinha visto na internet, não era bom. Meu irmão ficou de passar na minha casa a noite pra ver, e quando ele chegou e leu o laudo, ele viu e entendeu que realmente a possibilidade de um câncer era quase certa. Ele parou por alguns minutos e não conseguia falar nada. Era nítida no rosto dele a tristeza e preocupação. Para meu pai eu também falei que não estava entendo o resultado, mas que achava que não seria bom. Meu desejo era que minha família recebesse a notícia de uma forma leve, pois não queria vê-los sofrer.

O celular não parava: toda minha família vivia uma ansiedade muito angustiante. Eu não sabia como dizer o que estava se passando, afinal eu mesma não havia digerido a ideia de estar com câncer. Tudo que consegui falar, para minha mãe, foi que, pelo que eu li na internet, achava que o resultado não seria bom, e que gostaria que ela viesse para ir ao mastologista comigo.
No outro dia  26/06/13, quarta-feira, minha mãe chegou e fomos ao mastologista. Esse dia, por incrível que pareça, foi lindo. Eu acreditava estar a sós com minha mãe no consultório do mastologista, mas fui surpreendida com a chegada do meu irmão, minha cunhada e meu sobrinho. Vieram só pra me apoiar, e isso me emocionou profundamente. Naquele momento fiquei surpreendida com tanto amor, eu realmente me senti amada, e vi que toda minha família estava do meu lado, estava angustiada junto comigo. Por fim, o mastologista solicitou uma ressonância, para um resultado mais conclusivo, e a fiz no mesmo dia. Ao chegar na clinica para o exame, só eu minha mãe,  mais uma surpresa: minha irmã e seu marido também vieram me apoiar, me dar a força que eu tanto precisava naquele momento. Entrei para fazer o exame e quando saio estavam todos me esperando: mãe, irmão com esposa e sobrinho, irmã com marido e eu me emocionei e nunca esquecerei, pois me senti muito amada e muito amparada. Minha mãe foi embora e segui pra casa com minha irmã e cunhado. Lembro bem que a rua estava deserta, era dia de jogo do Brasil, e o sentimento era de que, enquanto muitos se divertiam, eu estava passando por um momento de muita tristeza, isso me abalou.

Sozinha em casa, eu chorei. Chorei muito.

No outro dia era feriado, passei o dia refletindo a respeito de tudo o que estava acontecendo, não consigo expressar meus sentimos, muita confusão na minha cabeça...  Minha irmã veio com o marido, meu irmão veio com a esposa e sobrinho passar o dia comigo, sentimentos conturbados...

No dia seguinte resolvi ir ao salão, fazer cabelo, unha... Eu precisava me sentir melhor, me sentir viva, resolvi ir a praia à tarde e assim fiz. Fui com Natalia e Priscylla, foi um momento lindo, pôr do sol, champagne, praia, nós todas tomando banho de mar, demos muitas risadas, sentimos vontade de viver... 





 À noite festa na praia, carrossel de emoções, eu Natalia e Priscylla. As meninas dormiram na minha casa e ficaram até o meio dia, depois foram embora e minha irmã chegou pra ficar comigo. No dia seguinte, domingo, minha primeira crise existencial: não queria ver ninguém, não queria falar com ninguém! Foi difícil, sentimentos confusos.



O resultado ficou pronto no dia 01/07/13, resolvi ir pegar sozinha, deixei pra abrir em casa. Acho que estava com um pouco de medo, de ver o laudo. Já não me sentia tão forte, quando abri, eu vi que confirmava o nódulo na mama, e um linfonodo axilar, e BI-RADS 5. Ali eu já tinha certeza que era câncer, mas precisava ser confirmado com a biopsia. No outro dia fui ao mastologista. Depois de tantos exames e consultas, vi que aquilo era apenas o comecinho. O próximo passo era a punção para colher material e mandar para biópsia e enfim ter a certeza absoluta do que realmente seria. Até então, as pessoas do meu trabalho não sabiam do que realmente estava acontecendo, perceberam que eu estava faltando muito. Mas só o gerente e o diretor da empresa sabiam o que realmente se passava, pois eu queria ter a certeza do diagnóstico para, então, falar para as pessoas e enfim dividir com elas a minha dor.

Fiz a punção no dia 05/07/13. Esse foi o pior exame que já fiz! Foi bem traumático. Mais uma vez pude contar com minha família ao meu lado, desde a coleta até a entrega do material. O mastologista, pediu que eu o avisasse quando entregasse o material para a biopsia, pois ele queria conseguir o resultado mais rápido, mas eu decidi esperar o prazo certo, que seria uma semana. Eu resolvi me permitir essa semana de paz, tranquilidade, queria respirar um pouco, pensar em tudo o que estava por vir. Mas a semana não foi tão tranquila como eu desejava. Eu estava me recuperando da punção, não podia dirigir, e não conseguia explicar para as pessoas o que estava acontecendo...

O resultado saiu no dia 12/07/13 (sexta-feira) Nesse dia meu pai, que não mora aqui em Fortaleza, veio à capital para me acompanhar e receber o resultado da biopsia. Nós estávamos conversando animadamente, quando eu peguei o resultado e logo verifiquei que tinha dado positivo, mas não falei nada. Nos dirigimos ao médico, que abriu e confirmou o diagnóstico de câncer de mama. Nunca vou esquecer das palavras do meu pai: “Minha filha, quando a gente recebe um limão, faz dele uma limonada. A vida acabou de lhe dar um limão, pois faça dele uma limonada.”

Foi tudo muito rápido, não tive tempo de pensar, nem sentir. Não podia me permitir sofrer ali, naquele momento, pois minha agenda, de repente, estava cheia. O dia seguinte já estava comprometido com uma nova bateria de exames.

No dia 13/07/13 (sábado) comecei a fazer os exames pré-quimioterapia e devido a rotina dos exames exames os dias foram passando mais rápido. Na segunda dia 15, depois de fazer exames pela manhã, resolvi ir ao trabalho à tarde, chamei todos para uma reunião e expliquei o porquê das minhas faltas. Dei a noticia do diagnóstico. Confesso que não foi fácil, mas senti um alívio por poder então contar para todos e, principalmente, ter a certeza que todos estavam torcendo por mim, e que eu podia contar com o apoio deles também. Sei que dar uma notícia dessas não é fácil, senti o impacto nos olhos de alguns, e vi as lágrimas nos olhos de outros, mas principalmente a certeza que todos estavam torcendo por mim.

Dia 16/07/13 (terça-feira), foi minha primeira consulta com o oncologista, Dr. Ormando Campos Junior, na clinica PRONUTIR. Por incrível que pareça, saí do oncologista, com um câncer de mama confirmado, mas com uma certa leveza, pois descobri que eu não precisaria tirar licença do trabalho, que eu poderia continuar na academia e levar uma vida quase normal. Me senti mais forte. Saí da clínica super tranquila, confiante e feliz.

No dia 18 eu também tinha uma missão importante, dar a notícia a família Pimentel (Crisantina, Patricia e Mônica), elas são muito importantes pra mim. Eu precisava dar a noticia pessoalmente, marquei com as três, iria visitá-las e tinha um comunicado. À princípio elas só pensaram em coisas boas, a Mônica não conseguiu chegar a tempo, e eu comei a conversa, bem serena e tranquila, como eu achei que deveria ser e como Deus me preparou para que eu conseguisse fazer. Claro que mais uma vez senti o impacto da notícia no rosto delas, e principalmente o apoio e carinho que esperava, mas não imaginava que seriam tão grandes. Dona Crisantina me liga sempre, me chama pra almoçar nos fins de semana, pois não quer me deixar só, e toda terça o Totó, me leva pra quimio. É muito carinho, é muito amor e tudo isso tem me feito um bem danado, pois eu não imaginava que receberia tanto apoio e tanto carinho de todas as pessoas que eu conheço, que conhecem meus pais e irmãos.

Tenho a certeza que Deus tem um propósito pra tudo, e sei que na minha vida Ele tem algo especial guardado pra mim. A Fé que eu tenho  de que serei curada é tanta que eu nem penso na doença, mas nos cuidados que tenho que ter, e em tudo o que farei depois que toda essa tempestade passar. Eu estou totalmente entregue nas mãos Deus porque tenho a certeza que o melhor por mim Ele fará.

A maratona de exames pré-quimioterapia se estendeu até o dia 18/07/13, o que nos deixou exaustas. No dia 20/07/13, sábado, fui tirar o aparelho ortodôntico. No dia 22/07/13, segunda, me internei no Hospital São Carlos para implantar o cateter, aparelho que fica por baixo da pele e pelo qual deveria receber a químio. Nesse dia eu fui com minha mãe e o Totó foi nos levar, um tempinho depois chega meu irmão, acho que ele estava mais nervoso que eu, pois ele ficou conosco até a porta do elevador se fechar e a gente subir para o quarto. Eu estava com muita fome, e querendo que acontecesse logo para poder ir embora. Foi tudo tranquilo, fui sedada, não senti nada. Mas no outro dia a sensação não foi boa, algo estranho no meu peito, demorei um pouco para me acostumar, mas agora está tranquilo.


O dia seguinte já estava por vir, o dia da primeira sessão de quimioterapia.